sexta-feira, 13 de janeiro de 2012


A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um relatório que indica que 150 milhões de afrodescendentes vivem hoje na América Latina e no Caribe. No Brasil, o último censo do IBGE revelou que a população de afrodescendentes já é maioria no país: quase 51% da população.
Para dar mais visibilidade às demandas desse público, a ONU instituiu 2011 como o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, propiciando uma série de eventos, palestras e concertos ao redor do mundo. Com o sucesso da iniciativa na promoção e fortalecimento da cultura negra, as entidades envolvidas com a causa solicitaram e a ONU aprovou, a partir de 2012, a década dos afrodescendentes.

Entre os dias 22 e 30 de março deverá acontecer a sessão “PAD Working Group”, para discutir o Plano de Ação da década, oportunidade de recomendar para os Estados/Países políticas para atender às demandas da população negra no mundo.
Direitos – Para as Nações Unidas, os povos afrodescendentes devem ter seus direitos promovidos e protegidos como qualquer outro grupo da sociedade. Segundo a ONU, apesar dos avanços, os afrodescendentes continuam a sofrer discriminação, um legado histórico do comércio de escravos. Mesmo os que não são descendentes diretos dos escravos muitas vezes ainda são submetidos a atos racistas.

De acordo com o Grupo de Trabalho de Peritos sobre Pessoas de Ascendência Africana, esse grupo continua tendo menor acesso à justiça, educação, emprego, saúde e habitação. A ONU estabelece a erradicação do racismo como um dos Objetivos do Milênio, a fim de mudar esse quadro.


Fonte: Fundação Palmares

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